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  • Nov

    12

    2020

Setor de serviços tem 4ª alta

Setor de serviços tem 4ª alta seguida, mas segue abaixo do nível pré-pandemia.

Apesar do avanço de 1,8% em setembro, setor segue 8% abaixo do patamar de fevereiro e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria.

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,8% em setembro, na comparação com agosto, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de engatar a quarta alta seguida, o setor ainda não conseguiu recuperar o patamar pré-pandemia e continua mostrando recuperação mais lenta do que a observada no comércio e indústria.

 

"O volume de serviços ainda se encontra 18,3% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014 e 8% abaixo de fevereiro de 2020", informou o IBGE, destacando que o ganho acumulado de 13,4% em 4 meses foi insuficiente para compensar a perda acumulada de 19,8% entre fevereiro e maio.

 

Embora o ritmo de recuperação tenha desacelerado em relação aos meses anteriores, o avanço de 1,8%foi a maior alta para um mês de setembro da série histórica iniciada em 2011.

 

Em relação a setembro de 2019, o setor recuou 7,2%, a sétima taxa negativa seguida nessa base de comparação.

 

Perda de 8,8% no acumulado no ano e queda recorde em 12 meses

No acumulado no ano, setor ainda tem queda de 8,8% frente ao mesmo período do ano passado.

Em 12 meses até setembro, a perda acelerou para uma taxa recorde de -6%, vindo de -5,3% em agosto, chegando ao resultado negativo mais intenso da série deste indicador, iniciada em dezembro de 2012.

 

Desempenho por segmento

Setorialmente, 4 das 5 atividades mostraram avanço no volume na passagem de agosto para setembro. Apenas serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) tiveram resultado negativo.

Já o setor de outros serviços, que avançou 4,8% na comparação com o mês anterior, e alcançou 6,1% no acumulado do ano, foi o único a superar o nível pré-pandemia.

Variação do volume de serviços em setembro, por atividade e subgrupos:

 

  • Serviços prestados às famílias: 9%
  • Serviços de alojamento e alimentação: 9,1%
  • Outros serviços prestados às famílias: 10,9%
  • Serviços de informação e comunicação: 2%
  • Serviços de tecnologia da informação e comunicação: 1,4%
  • Telecomunicações: 0,3%
  • Serviços de tecnologia da informação: 3,2%
  • Serviços audiovisuais: 5,6%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: -0,6%
  • Serviços técnico-profissionais: -1,9%
  • Serviços administrativos e complementares: 1,1%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,1%
  • Transporte terrestre: 2,3%
  • Transporte aquaviário: 3,1%
  • Transporte aéreo: 19,2%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -2,9%
  • Outros serviços: 4,8%

 

 

Recuperação e perspectivas

Após o forte tombo da economia no 1º semestre, a atividade econômica vem mostrando reação no 3º trimestre, mas com um desempenho desigual entre os setores.

O setor de serviços foi o mais abalados pela pandemia de coronavírus e continua mostrando um nível de atividade bem menor do que o observado no comércio e na indústria, sobretudo nas atividades que envolvem atendimento presencial.

Na quarta-feira, o IBGE mostrou que o comércio varejista cresceu pelo 5º mês seguido em setembro, zerando as perdas no ano. A indústria também cravou a quinta alta seguida em em setembro, eliminando completamente as perdas registradas entre março e abril. No acumulado no ano, porém, ainda acumula perda de 7,2%.

Analistas apontam que o desemprego elevado e perspectiva de término dos programas de auxílio devem limitar o ritmo de recuperação da economia na virada de ano. Pesam também nas perspectivas para o país, as incertezas ainda elevadas sobre a evolução da pandemia de coronavírus e as preocupações com a saúde das contas públicas.

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