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  • Jul

    02

    2021

Brasil criou mais de 280 mil empregos formais em maio

A economia brasileira gerou 280.666 empregos com carteira assinada em maio, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (1) pelo Ministério da Economia.

O número é contabilizado pela diferença entre as contratações, que somaram 1.548.715 no mês passado, e as demissões, que totalizaram 1.268.049.

O volume de empregos criados no mês passado representa aceleração em relação a março e abril deste ano, quando foram abertas, respectivamente, 176.981 e 116.423 vagas formais. Os dados foram revisados pelo Ministério da Economia.

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.

Os números do Caged de maio de 2021 mostram que foram criados empregos formais em todos setores da economia.

Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas regiões do país no mês passado.

Segundo o governo, vagas foram abertas em maio em todas as 27 unidades da federação, sendo que os maiores saldos positivos foram registrados em São Paulo (+104.707 postos) e Minas Gerais (+32.009 vagas), enquanto que a menor criação de empregos formais aconteceu em Roraima (+256 postos) e Sergipe (+432 vagas).

Seguro-desemprego

De acordo com o Ministério da Economia, os pedidos de seguro-desemprego somaram 527.066 em maio deste ano, contra 586.227 em março e 565.308 em abril deste ano.

Emprego formal

Ainda de acordo com o Ministério da Economia, nos cinco primeiros meses deste ano o número de vagas criadas superou a marca de 1 milhão. Nesse período, foram gerados 1.233.372 vagas com carteira assinada. De janeiro a maio do ano passado, foram fechados 1.144.875 empregos com carteira assinada.

Ao final de maio de 2021, o Brasil tinha saldo de 40.596.340 empregos com carteira assinada. Isso representa um aumento na comparação com janeiro deste ano (39.624.322 empregos) e, também, com maio de 2020, quando o saldo estava em 38.013.159.

Programa de manutenção do emprego

Segundo o Ministério da Economia, o comportamento do emprego formal, neste ano, ainda sofre influência do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda de 2020.

Isso porque os empregadores, para obterem os benefícios do programa, têm de manter o emprego do trabalhador por igual período de tempo da suspensão do contrato, ou redução da jornada.

Em abril, o governo federal relançou o programa, nos mesmos moldes da Medida Provisória 936, convertida na Lei 14.020/2020, que vigorou por 8 meses no ano passado e atingiu quase 10 milhões de trabalhadores.

Em 2021, o programa de manutenção do emprego foi reaberto e 2.386.284 de trabalhadores foram beneficiados, segundo o Ministério da Economia.

Desse total, 1.121.662 referem-se à suspensão do contrato de trabalho; 689.580 tiveram seu salário reduzido em 70%, 502.822 estão na modalidade de redução de 50% do salário e outros 350.097 com redução de 25%.

Caged X Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quinta-feira (1º), consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui os informais.

Com isso, não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia.

Nesta quarta-feira (30), o IBGE informou que o desemprego no Brasil ficou em 14,7% no trimestre encerrado em abril e se manteve em patamar recorde. O número de desempregados totalizou 14,8, milhões de pessoas.

 
 
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